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A Filha do Tempo - Guerras Primervas


Como em todo início, o Criador moldou o universo em que existimos a partir de um elemento principal, conhecido em todo o Universo Zan como Éter. A partir desse elemento, pai de todos os demais elementos existentes no Universo Zan, foi que surgiram as primeiras estrelas, os primeiros planetas, as primeiras galáxias e etc.

Porém, por mais lindo que o Universo Zan estivesse se tornando, faltava algo fundamental nele: vida. Por muito tempo o Criador pensou em como deveria ser a vida em seu universo. Deveriam os seres ter trompas no lugar de nariz? Viver em mundos aquáticos e respirar com guelras? Teriam quatro braços e seriam feitos de pedra? Eram muitas as opções a se considerar, então o Criador optou por buscar ajuda. Ele trouxe deuses a vida para o ajudarem a criar o Universo Zan.

Você pode perguntar: “mas se o cara tinha como criar tudo sozinho e ser senhor absoluto de todo aquele universo, porque buscar ajuda? Por quê criar deuses?” Bem, a resposta é mais simples do que se possa imaginar. Simplesmente porque, assim como um pai cria um filho e quer vê-lo se sair bem na vida, ainda melhor que ele, acredito que o desejo do Criador era ver como seus “filhos” se sairiam moldando o universo.

O primeiro deus criado pelo Criador foi Không, o gigante deus primordial de tudo que existe. Este deus, tão poderoso e sábio, se tornou senhor absoluto do vazio primordial que deu início ao universo. Todo desfiladeiro e abismo profundo, criado com magia e denominado “sem fim”, levava aos domínios de Không, independentemente de em qual mundo seria criado esse “vazio infinito”. Dotado de péssimo e pouca paciência, o deus primordial se isolou de seus iguais e de seu pai, preferindo viver nos recantos mais sombrios do universo.

Depois da criação de Không,o Criador criou dois outros seres, incrivelmente poderosos: Maat e Isfet. Apesar de serem irmãos, eles se apaixonaram um pelo outro, pois se assim não fosse por quem se apaixonariam? Se você conseguir encontrar o domínio de Thư viện vô hạn (que seria traduzido como Biblioteca do Infinito em nossa lingua), lar dos Antigos, aqueles que documentaram toda a criação, poderá ler um relato preciso do amor entre Maat e Isfet, o primeiro caso de amor documentado pelos sabios do universo. Maat e Isfet se tornaram deuses com poder de criação, e começaram a moldar o universo, com orientações e sugestões do Criador.

O único problema, é que as personalidades deles eram totalmente opostas. Enquanto a deusa  Maat criava o que hoje chamamos de ordem, o deus Isfet criava o que hoje conhecemos como caos. Essas duas forças primitivas vieram a ser os deuses da ordem e do caos, os princípios que regem este universo.

Mesmo assim, o amor deles prevalecia, até terem um filho. O ser que nasceu se chamou Equilibrium, e reteve partes das personalidades de ambos os pais. Filho de dois deuses criadores, Equilibrium também herdou o poder de criar, e tudo que fazia tinha doses de ordem e caos. Ele considerava suas criações como um todo, algumas tinham mais toques de caos, outras mais toques de ordem. Mas no final, sua obra se equilibrava como em uma balança, ordem e caos. Os filhos de Equilibrium foram os primeiros seres a ter livre arbítrio no Universo Zan.

Foi onde Isfet se irou. Ele achava que o filho devia herdar sua vontade, impondo caos ao universo, e não equilibrar o que fazia com ordem. Não me pergunte porque o cara achava isso. Lembra aquele lance que eu disse sobre pais quererem ver seus filhos triunfando mais do que eles? Definitivamente, essa premissa não se aplica a Isfet.

Como Maat ficou do lado do filho (como toda boa mãe costuma fazer), Isfet tomou como esposa uma deusa tão cruel, que difícil é aquele que tem coragem de dizer seu nome, pois dizem que isso da poder a deusa de sair do abismo onde se encontra e aparecer perto de quem a invoca. Para evitar futuros problemas com deusas do mal aparecendo durante a leitura,  vamos apenas chamá-la de Rainha do Caos, ok? Uma deusa poderosa, foi a deusa original da maldade. Você se impressionava com Apófis, Set, Hades, Ares e Loki? Essa mina era bem mais pauleira. Com ela, Isfet teve vários filhos, e seu preferido era Nguói, o deus da vingança, que nutria um ódio mortal do meio-irmão Equilibrium.

Ao lado de Isfet e a Rainha do Caos, Nguói e seus irmãos declararam guerra contra Equilibrium, o que não seria ruim para o deus do equilibrio (eu sei, Equilibrium… deus do equilibrio… é, eu sei… mas só narro a história) se não fosse o poder monstruoso de Isfet. Ele conseguiu corromper todos os seres criados por Equilibrium em que o caos era mais forte que a ordem, e com isso, aumentou muito seu exército. Os filhos mais poderosos de Isfet se uniram e criaram uma horda gigantesca de seres poderosíssimos que foram chamados de devas, e seu poder, combinado com o de Nguói e seus irmãos,  era muito para Equilibrium e os guerreiros que ficaram ao seu lado. Então, o Criador e Maat tomaram partido de Equilibrium. Juntos, conseguiram equilibrar o poder, já que o Criador era mais poderoso que qualquer um deles. Mas mesmo ele estava tendo dificuldades com o infinito número de soldados de Isfet.

Mesmo assim, a guerra durou éons, e foi só com ajuda dos Guardiões e dos Soberanos, criados por Zan para combater os lordes do caos,  que Equilibrium e seus filhos conseguiram a vitória sobre Isfet. Juntando suas forças, o Criador, Equilibrium e Maat criaram um mundo de puro Éter, e no seu interior lacraram Isfet, a Rainha do Caos, seus filhos e todos os devas. Apenas Nguói foi preso no castelo voador do meio irmão, para sofrer eternamente na presença daquele que mais odiava.

O Criador, Maat e Equilibrium confiaram aos Guardiões e aos Soberanos a função de cuidar daquele mundo, para que Isfet e seus seguidores nunca mais escapassem. Então, com o novo mundo em boas mãos, eles partiram para os confins do universo.

Os Guardiões e Soberanos nomearam este mundo de Ethérion, lar dos mais poderosos seres já documentados pelos Antigos. Mas não é em Ethérion que nossa aventura se inicia, se bem que grande parte dela se passa por lá. Começamos nossa história na Terra, lar dos simplórios mortais, mas, como você verá, muito cobiçada pelos filhos de Ethérion, por razões que você entenderá logo mais.
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